10.05.2016

OS 5 MOMENTOS MAIS ICÔNICOS DA CAMPANHA ELEITORAL DE BREJO NA INTERNET!

5º ACUSAÇÃO DE PLÁGIO

Talvez a palavra mais lida na internet entre os eleitores de Olívia Caldas e Zé Farias tenha sido "plágio". As acusações de que um grupo copiava o outro gerou muito pano para manga. A primeira acusação partiu do grupo de Olívia alegando que a hastag "SouJovemSou11" teria sido copiada por eleitores de Zé Farias que criaram #SouJovemSou15. O grupo de Olívia divulgou um print revelando que hastag havia sido usada em Julho pela primeira vez. 





4º AS 6 MIL MOTOS

Essa estimativa irá ficar para sempre registrada na memória dos brejenses. Após a primeira carreata realizada pelo grupo de Olívia Caldas, que realmente foi grandiosa, divulgaram que o evento reuniu nada mais nada menos que 6.000 motos. Mas os dados do IBGE apontam que Brejo possui uma frota de poucos menos que 2.000 motos, seja ela emplacada em Brejo ou não. A afirmação, que não partiu da Polícia Militar, gerou muitas piadas durante e depois da campanha. 




3º A GUERRA DAS NOVINHAS

Na última carreata do grupo 11, uma comissão de frente formada por belas mulheres brejenses abria alas para os eleitores de Olívia. A turma de jovens se denominaram de NOVINHAS. Até aí tudo bem! A confusão se deu quando no dia seguinte chegou a vez da carreata de Zé Farias trazendo também uma comissão de frente com algumas jovens usando blusas que formavam a frase "SOMOS 15". Foi o que bastava para surgir comparações e acusações, novamente, de plágio. A disputa começou divertida, mas depois saturou por conta de ofensas graves. 



2º A TACA VAI SER GRANDE

Essa frase se tornou um dos bordões mais repetidos nos grupos de WhasApp e postagens de Facebook. Ambos os grupos usavam dela para aludir que a diferença de votos seria grande de um para o outro após a apuração. Depois da vitória o grupo vencedor atualizou a frase para "FOI TACA".


1º O MAIOR BLEFE DA HISTÓRIA

Ignorando todos os indícios que Olívia Caldas não ganharia essa campanha, seu grupo apostou alto em todos os argumentos e artifícios para criar a impressão que possuíam a dianteira na preferência dos votos do brejenses. Esse tipo de estratégia tem um objetivo óbvio: atrair o eleitor indeciso enganando-o com a certeza vitória, afinal ninguém quer dar voto perdido! Nessa perspectiva, o grupo de Olívia divulgou uma imagem e preparou um evento chamado "VIRADA DO 11". Mas depois do resultado que trouxe a expressiva diferença de 3.520 votos de Zé Farias sobre Olívia Caldas, a imagem virou motivo de chacota.


Foi uma campanha com bons e maus momentos, mas o que tornou tudo leve, enquanto foi leve, foi o bom humor dos brejenses! 

10.02.2016

EU AVISEI: A CONSTRUÇÃO E O DESMORONAMENTO DE UMA ILUSÃO!

Nesta última semana publiquei um áudio em grupos de WhatsApp onde eu fazia uma análise da campanha de Olívia Caldas à Prefeitura de Brejo. Por pouco mais de dez minutos me dediquei a analisar a representação de sua campanha e da sua figura dentro do atual cenário político brejense. No começo da análise eu fiz uma analogia entre o período eleitoral e o carnaval, pois ambos têm em comum a capacidade de arrancar as pessoas de suas faculdades mentais sadias. Eu disse que essa cegueira durante uma campanha política impede de que as pessoas enxerguem com clareza algumas coisas que estejam bem evidentes. E agora, o que dizer depois dessa derrota? Os seus eleitores eu não sei o que dirão, mas eu digo apenas uma coisa: eu avisei!

A gravação foi lançada na noite do dia 26 de Setembro e teve uma repercussão que me assustou. Na manhã do dia 27, quando abri o Facebook e o WhatsApp, para minha surpresa haviam inúmeros pedidos de pessoas querendo ouvir o tal áudio. Ao todo foram 34 pedidos, além de outras mensagens de pessoas que já haviam escutado e me parabenizavam pela análise, assim como também uma quantidade expressiva de pessoas me criticando duramente pelo feito. Até mesmo um internauta fez o que chamamos de “textão” para rebater os argumentos de minha análise, mas eram poucas consistentes e na verdade só revelava a ausência de senso crítico e a presença de um fanatismo político típico da politização exagerada de nossa cidade.

O grupo de Olívia não conduziu uma má campanha, pelo contrário, foi uma campanha bem estruturada. Eles possuíam, além de bons artifícios, um conjunto de argumentos e retórica sedutoras, mas ignoraram outros fatores importantes que fizeram a campanha definhar. Houve uma supervalorização da imagem de Olívia, de sua juventude até sua formação como assistente social, mas o erro de fixarem o olhar e concentrarem a campanha somente na figura dela foi que esqueceram o contexto no qual ela estava inserida. Usaram e abusaram de sua figura e não olharam ao redor. Foi igual alguém que vai andando na rua de cara na tela do celular e de repente esbarra em um poste de iluminação. O poste de iluminação que a campanha de Olívia esbarrou foi a realidade, muito diferente daquela expressa pelo otimismo de curtidas e compartilhamentos nas redes sociais. Eles construíram uma ilusão e acreditaram nela.

O insucesso dessa campanha era uma tragédia anunciada desde o anúncio de Olívia Caldas como a candidata do grupo Caldas Furtado. Não pela candidata, mas a conjectura. Durante a pré-campanha, Olívia Caldas chegou a me visitar para conversarmos sobre o projeto dela. A minha visão sobre o que seria a campanha dela já estava toda estruturada. Eu previa que não eles não teriam fôlego para uma vitória. Exatamente por isso, nesta ocasião, eu sugeri que ela preservasse a imagem dela, se resguardasse e entrasse em outra ocasião onde a conjectura fosse mais favorável, de tal maneira que eu não pensaria duas vezes em apoia-la. Recordo que a resposta da candidata foi essas, nestes mesmos termos: “Mas se não for eu, quem será Wanderson?” Mais duas pessoas estavam de testemunha na ocasião. Mas quem seria eu para convencê-la disso? Ninguém, um peixe pequeno do qual os textos não surtem efeito nenhum, como a própria me disse.

Olívia vinha de um mandato como vereadora sem grande notoriedade, parece que se serviu de sua cadeira na câmara apenas para representar os interesses do grupo a que pertence. Prova disso foi sua ausência na votação sobre a CPI para investigar os desvios dos recursos do FUNDEB. Isso mostrou o quanto ela ainda vivia a sombra dos pais. Argumentar que ela ajudou a aprovar alguns projetos importantes para provar que foi uma grande vereadora não é um argumento nada válido. Afinal de contas ela não aprova nada sozinha, não era a única vereadora, existiam mais doze além dela. Se Olívia tivesse usado os quatros anos para mostrar autonomia, procurando se desligar da imagem de seus pais, o resultado seria bem diferente. Mas mesmo assim quatro anos era um tempo pouco hábil para isso. Por isso a minha sugestão para que ela preservasse a imagem e aguardasse mais um pouco para se lançar, sobretudo, porque havia um agravante. Um dos seus principais apoiadores é Omar Furtado que não teve uma boa gestão, a imagem estava desgastada e a popularidade muito baixa. Era inevitável que todos esses fatores atingissem diretamente a imagem de Olívia, como agora está mais provado que atingiu. Muito da rejeição a ela se deu por conta da crença que sua gestão seria continuidade da atual, uma vez que a mesma equipe de governo, em sua grande maioria, continuaria a mesma, havendo talvez apenas uma “dança das cadeiras”. Agora avalie você, que chance teria uma candidata com a imagem pouco projetada e ainda com o agravo da pouca autonomia além de ser aliada a ex-gestores que tiveram gestões criticadas? Por falta de projeção da imagem dela a única saída foi investir em uma campanha de exaltação da figura de mulher, mãe, jovem e assistente social aliada a propostas totalmente absurdas como colocar Brejo no circuito nacional de teatro, sendo que nem a capital está dentro desse roll nacional. E olha que produção lá é grande e de boa qualidade! Restaurante popular em uma cidade do nosso porte que ainda não perdeu o costume de comer em casa e pouco se arrisca comer em restaurante, soou como onírico* demais.

Iniciada a campanha, o grupo de Olívia fez uma boa representação virtual. Seus eleitores/internautas se dedicaram religiosamente a compartilhar, curtir e espalhar hastags pelas redes sociais. Foi um movimento bonito de vê, havia grande dedicação. Mas em dado momento, talvez preocupados com a ascensão de Zé Farias, a linda dedicação de seus internautas transformou-se drasticamente em um espetáculo de ofensas, baixarias, acusações e distribuição de ódio gratuito. Foi difícil conviver nas redes sociais com alguns dos seus correligionários mais inflamados, graças ao bom Deus não eram todos. Mas uma minoria protagonizaram situações desconfortáveis. Parecia que eles estavam sempre on-line e quando alguém fazia alguma crítica ao grupo, eles surgiam com paus e pedras, nas mãos e nos dentes. Isso desgastou muito a campanha. O comportamento de alguns foi totalmente prejudicial à imagem do grupo. Nesses quarenta e cinco dias, muitas pessoas me confidenciaram que não votariam mais em Olívia devido o comportamento de alguns de seus aliados na internet. Principalmente quando um blog publicou a notícia que Zé Farias era acusado de um estupro. Hoje, tenho consciência que o grupo Caldas Furtado não tenha participação na publicação dessa notícia no blog de Luís Pablo, mas não há sombra alguma de dúvidas que isso foi utilizado amplamente por seus eleitores para atingir Zé Farias, assim como utilizado pelos lideres do grupo. No último comício de Olívia, quando se deveria falar de propostas e esperanças, algumas das pessoas que discursaram dedicaram alguns momentos para chamar o candidato opositor de estuprador. Isso soou muito feio. Mais desgaste!

O que faltou para a campanha de Olívia foi tempo. Quatro anos não foram suficientes para ela mostrar maturidade e autonomia. E os 45 dias de campanha não foram suficientes para desligar sua imagem do peso de 16 anos de administrações somadas dos seus principais apoiadores. Não foram suficientes para mostrar que teria as rédeas de uma eventual gestão. O tempo que ela não teve atrás, ela precisa agora acumular para o futuro. Precisa descansar a imagem, se projetar um pouco mais além da sombra de seus pais. Ela já conquistou pessoas e o que precisa agora é mantê-las do seu lado. Entendo que ela é forte, corajosa e tem a capacidade de compreender o que descrevi nesse texto. Ela não teve uma vitória na política, mas tem muitas vitórias na sua vida. Paz e bem Olívia Caldas, que Deus continue te abençoando!

*Onírico: Do universo dos sonhos.

ZÉ FARIAS É ELEITO COM VANTAGEM EXPRESSIVA DE VOTOS SOBRE ADVERSÁRIA


Após 45 dias de campanha acirrada, a disputa entre os dois favoritos para próximo prefeito de Brejo chegou ao fim. José farias de Castro e Renato Pessoa, conhecido por Gó, (PMDB) venceram a disputa com 54,04% dos votos válidos contra 34,84% de Olívia Caldas (PP). Em números reais Zé Farias tirou 9.902 votos e Olívia 6.382, uma diferença de 3.520 votos. 

Idenilde Vieira (SD) ficou em terceiro lugar com 1.723 votos, seguida por Machado Neto (PSB) com 174 votos e Everaldo Diniz (PSOL) com 138. Quanto a vereadores Samia Furtado foi a mais bem votada seguida por Israel Bibiu e Sérgio Carvalho. 

Acompanhe no quadro o resultado da votação para vereadores: