3.17.2013

NOVA POLÊMICA SOBRE PATRIMÔNIO BREJENSE! LEIA!

O CONTEÚDO A SEGUIR FAZ PARTE DE UM MANIFESTO EXPOSTO NO GRUPO "ESPAÇO DE DISCUSSÃO SOBRE A REALIDADE DE BREJO" NO FACEBOOK. O BLOG BREJO MAIS APOIA E COM TODOS OS MEIOS DA REDE "BREJO ONLINE" DIVULGA O MATERIAL NA TENTATIVA DE CHAMAR A ATENÇÃO DA POPULAÇÃO E REPRESENTANTES PÚBLICOS PARA O ASSUNTO. LEIA!


“Quando iniciei o trabalho de fotografar todos os prédios de Brejo, minha querida terra natal, por volta de 1950, Brejo era uma cidade bonita, com grandes casas, onde moravam famílias ilustres. Tinha, pois características que mereciam ser preservada, como um patrimônio da humanidade. (...) A cidade, com construções em bom estado, estava pronta para ser visitada como uma típica cidade de seu perímetro mais antigo, que constitui a parte baixa da cidade do Brejo: Rua de Santana, Rua da Gurgeia, Rua do Porto. (...) Não descuidei de dar sugestão aos governantes para preservar aquela parte da cidade, que poderia ser tombada, mas nunca consegui de um prefeito o mapa da cidade. “

O trecho acima extraído do livro Casarões de Brejo e outros pontos, mostra o desabafo do escritor Roque Pires Macatrão por ter tentado iniciar um trabalho de preservação do patrimônio arquitetônico de Brejo e não conseguiu por causa da indiferença das autoridades diante do assunto. Hoje, infelizmente, tal indiferença continua a mesma. Haja a vista que os políticos de hoje direcionam seu foco para outras coisas, principalmente financeiro e de interesse próprio e desprezam uma das coisas que deveria ser uma das principais preocupações: A preservação da nossa história! 

De emancipação política faremos 143 anos, mas antes disso Brejo já era Brejo. A primeira notícia sobre esta região data de 1684, ou seja, só aí temos 329 anos. Mas colonização de fato, veio com a pacificação dos índios no ano 1729. De uma paupérrima vila com maioria dos habitantes sendo índios, Brejo então começou receber outros moradores, sendo a mais ilustre Euzebia Maria da Conceição e seu esposo Capitão- mór Domingos Alves de Sousa, ambos descendentes de ricos portugueses que vieram para o Brasil na corte de Dom João VII. Pessoas tão importantes que até as decisões da coroa portuguesa nunca eram tomadas sem antes consulta-los! Foram anos maravilhosos para o Sítio que tornou-se Vila e que mais tarde tornou-se cidade. O período de 1876 a 1945 foi o período que Brejo teve maior desenvolvimento intelectual, arquitetônico, industrial e comercial! Pessoas que aqui nasceram tiveram grandioso papel no país como é caso de Cândido Mendes, Tobias Pinheiros e tantos outros. Sim queridos, chegamos a ser intitulados como a “capital do Baixo Parnaíba”! Nos tornamos uma das comarcas mais importantes para a província. Nem parece que estamos falando desse Brejo esburacado, sofrido e maltratado que vemos hoje, não é? E só estou dando pouquíssimos dados a respeito do crescimento que tivemos. Infelizmente o único titulo que temos hoje é o “cidade do já teve”, como muitos brincam, mas pena que é verdade pura! Não temos uma beleza geográfica de se orgulhar, nos falta muita beleza natural, mas temos uma beleza histórica que este texto não me permite relatar. O turismo para Brejo hoje (se é que temos) se faz na verdade de parentes que vem visitar os familiares em determinadas épocas do ano e nada mais. Nada mais atrai em Brejo. Até o festejo da padroeira tem caído. Por isso defendo que o único testemunho da época de ouro de Brejo, os casarões DEVEM ser preservados urgentemente! Quando ando pelo centro histórico de São Luís, claro que há uma beleza arquitetônica maior, fico me lamentando que a minha cidade perdeu a chance de ser visitada pelo mesmo motivo. Roque lutou em vão, muitos casarões foram destruídos e nós podemos ver atualmente essa barbárie. OS VEREADORES TEM QUE TOMAR CONSCIêNCIA DE SEU PAPEL E FAZEREM ALGO, QUERO PEDIR MEUS AMIGOS A NÃO DEIXAREM ESSE ASSUNTO MORTO NESSA REDE SOCIAL E COMPARTILHAR, PARA QUE PELO MENOS UM SINAL DE ATITUDE SEJA TOMADA. E AQUELE QUE TOMAR COM CERTEZA TERÃO NOSSA ADMIRAÇÃO E RESPEITO. VEREADORES, PREFEITO, SECRETÁRIOS VOCÊS ESTIVERAM NAS RUAS E EM NOSSAS CASAS DURANTE A CAMPANHA, APAREÇAM AGORA AQUI PARA DISCUTIR O ASSUNTO!