6.02.2016

ATENÇÃO! BLOG BREJO MAIS RECRUTA JOVENS PARA FORMAR EQUIPE DE ADMINISTRADORES!

O blog Brejo Mais foi criado por Wanderson Mota em 2012 com o intuito de ser a principal plataforma de informação voltada exclusivamente para os acontecimentos da cidade de Brejo. Quatro anos depois, o blog tem crescido diariamente em número de acesso e credibilidade junto dos internautas brejense. Diante disso, o administrador, que é graduando em Jornalismo, resolveu montar um projeto de expansão das atividades do blog.



Para isso nossa página está recrutando jovens a partir de 18 anos, que tenham facilidade ou interesse em desenvolver a escrita, para formar uma equipe de administradores/redatores que alimentem a página com conteúdo informativo. Os aspirantes a redatores receberão uma formação básica e serão submetidos à oficina de noções básicas de jornalismo aplicada pelo próprio criador. 

Os interessados devem enviar até às 18h do dia 03 de Junho (amanhã) mensagem inbox para o perfil de Wanderson Mota no Facebook ou mensagem via WhatsApp para o número 982902498. Também podem procurar a página do Brejo Mais no Facebook ou e-mail para o endereço brejo.mais@gmail.com. As oficinas de reuniões sobre o projeto serão nesse fim de semana em horário e local informados aos interessados pelos meios informados acima.

Cresça junto conosco!

6.01.2016

DÊ AO FÁBIO O QUE É DE FÁBIO!


Fábio Rondon, vulgo Padre Fábio, é um nome bem conhecido da cidade, embora não seja brejense natural. Isso se deve ao fato de ter sido padre na paróquia de Brejo entre os anos 90 e início dos anos 2000. Da época do sacerdócio herdou somente a alcunha de padre e a fama nas comunidades rurais, porque a batina mesmo, esta certamente nunca mais vestirá. Afastado do clero, hoje o ex-padre se dedica ao sacerdócio político e é pré-candidato a prefeito pelo PCdoB.

Fábio Rondon como padre chegou ainda muito jovem a paróquia de Brejo e com certo carisma e bela aparência, pelo menos para as fiéis, se tornou bem popular. Como padre dividiu as opiniões na igreja. O movimento carismático católico, por exemplo, sofreu algumas duras penas com ele que preservava uma posição mais conservadora em relação ao pentecostal movimento católico. Em 2000 o padre entra na campanha eleitoral pela prefeitura como vice de Omar Furtado, mas nem a popularidade e as orações foram suficientes para eleger a chapa. Naquele ano a vitória foi de Dr. Carlota. É nesse período, talvez, que comece a “penitência” do padre, um período conturbado, fiéis divididos, opiniões controversas e até mesmo dois abaixo assinados rolando: um pedindo ao bispo afastamento do padre e outro dos fiéis que pediam o contrário. O assunto é complexo e por falta de fatos e sobra de boatos, o texto não entrará no mérito dos problemas de Fábio Rondon com a Igreja Católica.

O destaque para Fábio Rondon se dá em 2004, quando novamente é vice de Omar Furtado. Dessa vez Deus atendeu as preces do padre e a vitória foi deles. Mas alegria de padre dura pouco! Divergências, conflitos, pouco depois da vitória, estremeceram as relações entre Fábio e Omar. O resultado foi uma ruptura da aliança entre os dois com acusações pesadas de ambos os lados. Fábio sumiu do cenário político e passou a dedicar-se a uma militância no estado ao lado de Flávio Dino, sobretudo na região do Baixo Parnaíba onde já havia estabelecido influencia.

Na campanha para governador do Estado em 2014, Fábio e outras lideranças políticas locais ajudaram a dar uma maioria esmagadora de votos para o candidato Flávio Dino e deixou o oponente Edinho Lobão, apoiado por Omar e companhia, nocauteado nas urnas. A vitória foi tão expressiva que deve ter empolgado Fábio Rondon, que já se mostrava como um futuro pré-candidato, assim como todos os líderes que trabalharam em favor de Flávio Dino em 2014 tinham também pretensões políticas para este ano. Mas o efeito dessa empolgação toda deve ter tido mais eficiência no ex-padre. Parece haver uma convicção entre os seus de que todos os votos conquistados para Flávio Dino tenham sido por mérito e influência de Fábio e isto é um ledo engano, se não uma ingenuidade! Obvio é que no apanhado de votos que o governador levou uma parte seja correspondente a uma influência dele, inegável, mas também há a contribuição de no mínimo mais quatro líderes. Sem contar também que nem todos partidários de Omar votaram em Edinho, por exemplo. É essa convicção de vitória, talvez, que fez o padre tomar posições rígidas e até mesmo egoístas no grupo da oposição. Isto porque no grupo de oposição composto por aproximadamente oito líderes, pré-candidatos, havia inicialmente a ideia de união de todos em favor de um único nome para evitar que os muitos votos conquistados para Flavio Dino em 2014 se dissolvesse em vários candidatos de oposição e tornasse a vitória contra os Caldas-Furtados impossível. Para a definição do nome que representaria a oposição, como não foi possível um acordo em diálogo, seria o resultado de pesquisas encomendadas para saber a preferência do povo brejense. Ao que se sabe em todas as reuniões para conversar um acordo de união de todos os pré-candidatos de oposição, Fabio tenha sido inflexível. Bateu o pé e não abriu mão de concorrer como o “candidato do governo do estado”. Assim o padre milagrosamente pula do PDT para o PCdoB, partido de Flávio Dino. Mas falta discernimento para entender que não adianta a alcunha de “candidato do governador” porque não será o “querer” de Flávio Dino que o levará à prefeitura. Também não é bom se agarrar na devoção em Flávio Dino porque em aprovação, na nossa cidade, ele não está essa nutella toda não. Também see utilizarmos da lógica que os votos de Flávio Dino em Brejo em 2014 seja a soma da parcela de todos os pré-candidatos, se Fábio entrar na disputa sozinho levará somente a parte que lhe pertence. Seria o suficiente para vencer? Ou Fábio ainda tem muita fé para acreditar no milagre inexplicável de multiplicação de pães/votos? Oremos.

Essa atitude inegociável de Fábio pode custar caro para ele e muito mais para os brejenses que querem acabar com a dominação dos Caldas e Furtados no poder. E pensando bem, é o ex-padre quem menos tem a perder nessa disputa em relação aos outros pré-candidatos. Caso ele ganhasse a disputa pela prefeitura seria bom para ele. E se não ganhar também não seria ruim já que ele voltaria para o emprego no Governo do Estado.

Fábio tem seus votos, tem seu grupo, há quem o apoie. O único empecilho para os planos de Rondon e a mudança do comportamento do eleitor. O mesmo problema que Olívia enfrentará. Fábio foi ligado a um grupo político, o de Omar, teve o que se pode chamar de “sua chance” e os eleitores, principalmente os mais jovens, que querem renovação podem rejeitar a sua figura. Até porque para alguns, na verdade, seja uma disputa de ego, revenge!

O lado benéfico de Fábio como prefeito seria a proximidade com o governo do Estado e as facilidades de conseguir recursos para o município. Pois como bem sabemos, o atual prefeito foi opositor de Dino, e a candidata dele também. O discurso de ajudar sem olhar quem, governar para todos, bem do povo, pode parecer bonito, mas nos bastidores da política sabemos como isso funciona de verdade. Então a probabilidade de ter conquistas com uma eventual administração de Fábio é algo que pode agradar os mais otimistas. E se mesmo se Fábio Rondon fosse eleito e tudo isso não desse jeito em Brejo, só restaria descruzar os braços e levantar para o céu em oração. Pois há muito eleitor pagando de São Tomé nos dias atuais: só acredita vendo!