5.31.2016

IDENILDES VIEIRA NÃO ESTÁ PRA BRINCADEIRA!


Dependendo dos rumos que a política tome nos próximos meses, é possível que se tenha uma disputa feminina na campanha para Prefeitura de Brejo. De um lado do ringue Olívia Caldas, que entra na disputa apadrinhada pelos pais ex-prefeitos e o atual gestor Omar Furtado, e do outro lado, Idenildes Vieira que entra no jogo sem auxílio dos velhos caciques da política, mas com apoio de grande parcela da classe de profissionais da educação. Esse texto analisará a representatividade de Idenildes Vieira no atual cenário político brejense e como ela pode ser a candidata que corresponderá aos anseios dos eleitores que querem renovação administrativa na cidade.

Idenildes não pertence a famílias tradicionais, de origem pobre, é professora concursada do munícipio aprovada em dois concursos públicos, formada em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão e presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação de Brejo, - além de conciliar o ofício docente com atividades comerciais. É somente a partir de 2009 que sua figura ganha notoriedade na sociedade brejense por enfrentar o prefeito da época que não pagou o devido direito de abono salarial. Integrando um número aproximado de 40 professores, ajudou a reformular o sindicato dos professores onde por unanimidade foi eleita presidente do órgão. Quatro anos depois, em 2013, é novamente escolhida para o cargo. Como sindicalista milita pelos direitos dos professores e em 2015 liderou o maior movimento de protesto contra a administração local que negligenciou os direitos da classe que representa. É nesse ponto que Idenildes se destaca e merece aqui uma análise criteriosa da importância dessa atitude na história local.

Lutar pelos seus direitos é algo que não faz parte nem do vocabulário, nem da cultura do brejense. A população de Brejo acostumou-se a uma vida subordinada, manipulada pelo poder econômico e o controle social dos velhos grupos políticos comportando-se de maneira passiva diante de verdadeiros absurdos. Se cabe aqui um infeliz trocadilho não é equivoco algum dizer que o povo do Brejo acostumou-se a engolir sapo. As pessoas geralmente são acuadas e às vezes prefere padecer que reivindicar qualquer direito, por mais básico que seja. Nunca antes havia ouviu falar em Brejo sobre GREVE. O nome soa até estranho para uma cidade tão pequena como esta. Nesse contexto é que a batalha liderada por Idenildes em 2015 contra a Prefeitura de Brejo ganha relevância: pela a primeira vez na história brejense uma classe se une para protestar por seus direitos. Os motivos eram os semelhantes aos de 2009. A Prefeitura não pagou abono e justificou o desaparecimento do dinheiro do FUNDEB de maneira insatisfatória. O caso foi parar na justiça, uma pretensa CPI foi aberta na Câmara Municipal. Enquanto isso os professores suspenderam as atividades na sala de aula nesta que foi a segunda maior greve do estado. Óbvio que por se tratar de algo tão novo e ousado para uma cidade como Brejo, a greve traria certos desconfortos, sendo assim algumas pessoas não entenderam a atitude da classe de profissionais da educação. É importante ressaltar também que esse posicionamento contrário de algumas famílias se deve a manipulação liderada pela administração que não poupou em espalhar notas em blogs com o objetivo de deturpar o movimento grevista que era legal, válida e justa. É este contratempo que pode trazer alguns problemas para Idenildes, a falta do apoio massivo dos brejenses na época da greve. O jogo foi virando apenas quando ela passou a visitar estações de rádio, gravar vídeo para blogs e esclarecer os equívocos em carros de som nas ruas da cidade.

Mas também foi no período da greve liderada por Idenildes que a atual gestão se viu em maus lençóis nas redes sociais. A greve serviu para “desenterrar” muita coisa escondida, uma verdadeira sangria de informações de transações questionáveis do governo. De notas superfaturadas a lista enorme de pessoas lotadas em secretarias da Prefeitura. A partir disso o comportamento do brejense mudou na internet. Mesmo aqueles que questionavam a greve embarcaram na onda de protestos virtuais. Dezenas de páginas surgiram para criticar o governo. Quanto aos resultados judiciais do movimento não entraremos no mérito, mas que isso serviu para acordar o brejense, ninguém pode duvidar. O posicionamento dos professores foi crucial e de relevância tamanha para selar a baixa popularidade e credibilidade do governo.

Entrando em 2016, Idenildes se apresenta como pré-candidata pelo partido SOLIDARIEDADE. Existe uma grande parcela de pessoas que estão optando por um critério interessante para confiar o voto. O critério é votar em candidato novo que não tenha passado pela prefeitura ou esteja ligado a algum grupo político antigo da cidade. Se esses eleitores forem coerentes com o critério que defendem, que inclusive ganhou uma campanha no Facebook, Idenildes Vieira pode ser a candidata que na reta final atraia esses votos. O grupo, apesar de contar com dissidentes de outros, é estreante no cenário político. Outro fator interessante de se pontuar é que o novo também pode causar dúvidas ou estranhamento, mas para isso ela tem investido alto visitando comunidades a fim de provar o contrário: apostar no novo seja mais benéfico que continuar como os mesmos grupos. Existem também problemas internos a serem superados por Idenildes. O sindicato que preside vive praticante em pé de guerra com a Secretaria Municipal de Educação que conta com uma parcela de professores que pertence ao grupo da atual administração. Mas ainda assim, uma boa parcela dessa classe que, diga-se de passagem, é a maior classe trabalhista em número do município, tem por preferência Idenildes Vieira.

Os principais problemas a serem vencidos por Idenildes é a conquista de votos indecisos e a tomada de confiança daqueles que querem uma representação nova que fuja dos tradicionais grupos se famílias da elite brejense. Por isso a maior investida de Idenildes tem sido a zona rural, investindo em diálogos e debates com lideres e a população desses rincões afastados do centro de Brejo. Observando nas redes sociais as pesquisas informais Idenildes ainda não lidera, mas é detentora de um crescimento contínuo na preferência dos internautas. Futuramente, conforme as decisões que tome, essa adesão pode fazer com que ela tenha chances reais de ser eleita. No que tange os candidatos de oposição, ao que se comenta, seja mais bem posicionada que Fábio Rondon, pré-candidato pelo PCdoB.

Contudo, serão as decisões e posicionamento futuro que pode fazer Idenildes disparar. E mesmo se isso não for suficiente para elegê-la agora, sem dúvidas será uma candidata com grande potencial para uma futura campanha como acontece com muitos. O fato é que ela está fazendo o caminho dela  e não tem poupado pra isso. 

5.30.2016

A VIA CRUCIS DE OLÍVIA CALDAS


No ano que se passou havia muitas especulações sobre quem seria o nome que representaria o grupo Furtado-Caldas na eleição desse ano. Após o evento de filiação do Partido Progressista em Brejo em Setembro de 2015 o mistério chegou ao fim: a vereadora Olívia Caldas é confirmada como a pré-candidata a prefeita do grupo. Sim é uma jovem carismática, mas a baixa popularidade do prefeito, escândalos no grupo e os 16 anos somados de administração daqueles que a apoiam podem ser a pedra no sapato que impedirá o projeto de se eleger.

Filha de dois ex-prefeitos de Brejo, Carlota e Chico Caldas, Olívia entra na carreira política prejudicada. Para chegar nessa conclusão é preciso traçar uma linha histórica que a antecede, começando pelas nuances do grupo de seus pais.  O grupo político dos  pais de Olívia já viveu dias de glórias, mas desde 2004 entrou num processo de decadência onde além de perder credibilidade perdeu também muitos eleitores. O motivo desse declínio meteórico se deve às escolhas e alianças que seus pais fizeram nos últimos dez anos. Carlota e Chico Caldas sozinhos não têm votos o suficiente para eleger sua filha como prefeita. A prova disso começa com a esmagadora derrota que Carlota sofreu nas eleições de 2004, quando Omar se elegeu. Sem fôlego e com baixa popularidade, em vão o grupo tentou uma campanha em 2008 dessa vez com Chico Caldas à frente. A resposta dos eleitores foi tão fraca e a campanha tão depressiva que Chico Caldas renunciou a candidatura e resolveu apoiar Zé Farias, que ganharia facilmente mesmo sem o apoio dos Caldas. Com orgulho ferido eles romperam Zé pouco tempo depois e o grupo passou a vegetar. Mas nas eleições de 2012 eles voltaram surpreendendo todos os brejenses unindo-se ao inimigo histórico: o grupo de Omar Furtado. Essa união foi de fato o maior motivo para perca de credibilidade de vez. Boa parte dos poucos eleitores deles caiu fora por não entender a incoerência das atitudes dos Caldas. Sobraram apenas os mais velhos, alguns parentes e poucos apaixonados. A vitória de Omar em 2012 não se deve exatamente à união com Chico Caldas, mas sim aos decepcionados com Zé e uma mínima parcela de votos dos Caldas que fez a pequena diferença necessária para a vitória. Eles sabem disso.

O que se comenta também é que a candidatura de Olívia neste ano já havia sido um acordo feito no ato de união dos grupos em 2012. Mas o que parecia ser o plano perfeito se mostra que vai ser um tiro no pé. A união de Carlota, Chico Caldas e Omar foi apresentada como uma esperança, mas três anos após a vitória mostra-se tragicamente o contrário. A cidade passa a pior crise que já viveu em 145 anos de emancipação política. É nesse ponto que Olívia e sua pré-candidatura são prejudicadas novamente. A principiante vereadora começa sua campanha com a imagem afetada indiretamente aos escândalos de corrupção de seu grupo. O escândalo com a empesa Florescer, o dinheiro do FUNDEB, notas “geladas” vazam na internet diariamente. A cidade está feia, com sérios problemas de infraestrutura, suja, secretarias defasadas, os serviços básicos comprometidos e outra lista imensa de problemas. Certamente, Olívia não tenha ligação direta com tais eventos, mas não se pode negar que isso é um prato cheio para a oposição cada vez mais solidificada e será ela quem deverá pagar pelos pecados do seu grupo como alvo preferencial do arsenal (que não é pouco e nem fraco) preparado pelos outros candidatos.

Para piorar o que já não é animador, tudo isso acontece nos dias de advento das redes sociais onde todo mundo expressa sua opinião e muitas páginas se dedicam a escancarar a corrupção que tem destruído Brejo. As pessoas também já não são mais os eleitores de dez ou 15 anos atrás, passivos, subordinados. O brasileiro vê atualmente a política com olhos mais críticos, forçados a isso pelos inúmeros escândalos a nível nacional. Mas basear-se pela internet é muito fraco para fundamentar isso, por isso qualquer dedo de prosa com qualquer brejense em qualquer rua pode servir de prova do quanto estão decepcionados com a atual gestão. Há muita gente de dentro do próprio grupo que está insatisfeito e esperando as eleições para “descontar” a raiva nas urnas.

Outra crítica que se faz a Olívia é o fato de que ela não tenha autonomia nenhuma em uma eventual gestão. Traduzindo em linguagem clara as pessoas são unanimes em dizer que “quem vai mandar é o pai, a mãe e o Omar!”. Temos que ter certa cautela nessa afirmação. Olívia é principiante, digamos assim, é absolutamente natural que ela conte sim a ajuda do Carlota, Chico e Omar, afinal são políticos experientes e todos já foram prefeitos. O que é preocupante é até que ponto esse auxílio pode se tornar um controle total e nisso ela sirva apenas de sua mão para assinar as decisões dos mentores. Afinal de contas ela não chegaria ao poder sozinha, portanto desobedecer à mãe, o pai e quem lhe deram votos é quase impossível. A falta de autonomia de Olívia é preocupante sim. E por um único motivo: o que mudará? Talvez nem os secretários, no mínimo, segundo dizem, uma dança de cadeiras. Pois no contexto atual, Olívia infelizmente não representa nem novidade, nem mudança na política local por fatores óbvios. Por enquanto vemos um aparente otimismo do grupo que no fundo parece esconder preocupações. A máquina pública a favor sempre causou ilusão no grupo da situação. De Carlota, passando por Omar chegando em Zé Farias, todos quando tentaram a reeleição estavam convencidos da vitória e não pouparam para isso, mas nunca tiveram êxito.


Olívia tem votos, aliás, os votos de seus pais e Omar. O grande desafio vai ser  conquistar os brejenses desconfiados, duvidosos, que não parecem estar dispostos a dar continuidades ao modelo Caldas-Furtados de governar Brejo, que aliás, já governaram demais. Olívia promete deixar sua marca, seu jeito de governar, algo diferente dos seus antecessores. De positivo Olívia tem o fato de ser mulher, jovem e um pretenso plano de governo apreciável, mas qual pré-candidato não apresenta propostas boas? Nunca se viu um candidato entrar na campanha dizendo que vai destruir, roubar e fazer o povo infeliz. 

5.29.2016

HAVIA UM ZÉ NO MEIO DO CAMINHO...



José Farias de Castro, vulgo Zé Farias, prefeito de Brejo entre os anos de 2008 a 2012 teve uma conturbada administração, com altos e baixos, mas que ainda assim foi capaz de consolidar uma legião de "companheiros" quando filiado ao PT. Hoje, esse nome é uma incógnita no cenário político brejense, mas que ainda assim, e talvez por isso mesmo, é capaz de colocar medo em alguns pré-candidatos. Esse texto não entrará no mérito de debater ou esclarecer a situação de Zé Farias com a Justiça Eleitoral. Dedicarei-me somente a fazer uma análise dessa figura emblemática para a política local, sua trajetória e e atual imagem diante dele da população com base no que tenho visto e ouvido.

Zé Farias deu as caras na política em 2004, quando a prefeita Carlota Caldas tentava a reeleição. Antes disso ele era apenas conhecido como comerciante proprietário de um estabelecimento popular da cidade. Zé foi o candidato a vice-prefeito da chapa do PFL na época. Apesar do otimismo e toda a pompa e requinte da campanha, Carlota e Zé foram derrotados na urna pelo adversário Omar Furtado. Passaram-se quatro anos de governo Omar quando Zé Farias retorna enfrentando uma campanha sozinho. Agora filiado ao PT. À princípio, a campanha de Zé era alvo de chacotas. Ridicularizaram-no da imagem até o jingles de campanha que traziam mensagens gravadas por Lula e distribuídos para todos os candidatos do partido que concorriam às eleições de 2008. Diziam que não havia chance para ele. No entanto, ele se mantinha na campanha enquanto a briga maior se concentrava entre Omar, agora tentando a reeleição, e Chico Caldas, já que a esposa não podia candidatar-se. Digamos que Zé Farias comeu pelas beiradas até que a campanha de Chico revelou-se o que todos já sabiam e constrangidos não admitiam: fraca e sem fôlego. Nisso quem crescia era exatamente o Zé, pois seu grupo era uma espécie de refúgio para os eleitores saturados da velha briga de egos políticos entre os Caldas e Furtados. 

Parece que as coisas mudaram não é mesmo? A campanha de Zé Farias foi chamando atenção e ganhando adeptos a ponto que para Chico Caldas, com dedinho do Dep. Marcos Caldas, não teve outra saída senão abrir mão da candidatura e apoiar Zé. Disto em diante a certeza que ele ganharia era quase indiscutível, embora os mais confiantes do grupo de Omar negassem e para isso, talvez como reflexo do medo interior, começaram a atacar Zé impiedosamente. Disso surgiram apelidos como "Quebrador de Coco", que na verdade só serviu para reforçar a campanha do Zé, uma vez que chamá-lo de pobre só aumentaria seu apelo junto as classes menos favorecidas, como na zona rural. Foram inúmeros outros nomes que não cabe aqui citar, mas que expressavam apenas a mentalidade de uma campanha elitista ofendendo os pobres enquanto destilava preconceito social. O erro deles foi esquecer que pobre vota e se ofende, por isso Zé se tornou imensamente popular. No final das contas, como xeque-mate, Zé ganhou a eleição. É nesse momento que se destaca o fato histórico protagonizado por José Farias de Castro na história de Brejo: um candidato "novato" que foi ridicularizado e que no final desbancou a elite e foi ovacionado pelo povo. 

O que veio depois disso foi a sucessão de erros que impediria Zé de reeleger. Como digo, a política é menos romântica do que se pensa. Seus bastidores são mais desencantadores ainda. Obviamente, a vitória de Zé não foi apenas um milagre do povo, mas também resultado de alianças que no momento, pelo menos pra ganhar a campanha, deram certo. Mas durante a administração Zé acertou em algumas áreas e errou em outras. A impressão era que Zé não tinha pulso muito firme com a equipe, disso até hoje dizem que todos mandavam, menos o próprio. A aliança com Marcos Caldas, por motivos desconhecidos, não durou até o final e então a gestão de Zé foi definhando. Em 2012, a campanha de reeleição foi até otimista e nos fez acreditar que ele quebraria outro tabu: primeiro prefeito de Brejo a ser reeleito.Mas não foi. Omar e Chico Caldas, antigo aliado, vence.

Estamos chegando ao fim do mandato de Omar, tal como Zé chegou ao dele: cheio de reprovações. Já temos nomes fazendo trabalho de campanha como pré-candidatos na zona rural e conversando com alguns deles o nome que muito se ouve é Zé Farias. Isso é preocupante para todos os candidatos. Acreditar que Zé Farias está morto é de uma ingenuidade sem tamanho. Principalmente se observamos a atual situação. Os principais candidatos do momento são Idenildes (SOLIDARIEDADE) que está fazendo um trabalho incisivo na zona rural e Olívia (PP), filha de ex-prefeitos e candidata do atual. É nesse ponto que Zé pode se beneficiar novamente como um "candidato refúgio" e receber voto de protesto. Idenildes está formando seu grupo agora, isso pode deixar alguns eleitores inseguros, mas ela está lutando para convencer. Olívia é fruto de dois grupos muito bem conhecidos dos brejenses, há sim uma rejeição latente que contrasta com o apoio de algumas dezenas nas redes sociais que são do centro da cidade e usuários de internet. Há outros milhares que não fazem parte desse cenário moderninho e não estão contentes com a atual gestão que de maneira indireta pode continuar com uma eventual gestão dela. Mesmo a contragosto de muito poderia ser Zé novamente a aposta. Aqui não entra o mérito de Zé ter sido bom ou ruim como prefeito, relevante é o fato que uma adesão ao seu nome seria mais fácil nesse contexto onde de um lado tem a dúvida de um grupo novo e do outro a certeza de um grupo antigo que não tem agradado nem gregos e troianos. E Zé se candidatasse e vencesse não de se estranhar, não há nada de novo nesse fenômeno. Omar já passou pelo mesmo: rejeitado em 2008, abraçado em 212. 

Contudo, há de se levar em conta que não há nada confirmado da candidatura de Zé. Ainda há empecilhos judiciais a serem resolvidos, mas que se forem resolvidos a tempo farão dele a barreira quase intransponível na campanha desse ano. Há rumores que se dividem. Uns dizem que ele não pode se candidatar e que esteja sendo sondado para apoiar alguém. Se apoiar Olívia, vai perder muitos adeptos é o que se sabe. Mas para isso deveriam ser vencidas mágoas do passado com os Caldas e superadas as humilhações dos Furtados durante o seu governo. A perda seria inevitável, tal como o próprio grupo Caldas perdeu ao se unir com Furtados e que, caso se separassem hoje, não teriam fôlego nem voto para sustentar a campanha de Olívia. Outros dizem que Zé não entrará, de fato, mas colocará alguém apadrinhado por ele. Mas julgo eu não ter o mesmo efeito. Enquanto isso segue o caminho com Zé coberto de pontos de interrogação.